segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Oyê de Babalorisà Álvaro ty Osogyian

A bença meu pai! 

No dia 23 de novembro, quinta-feira que passou, o oyê do senhor completou três anos.

Sete anos se passaram dentro do candomblé! Sete anos de muita luta, carinho e amor pelo sagrado! Neste artigo vamos recordar um pouco deste momento maravilhoso que foi!☺

Terreiro de Umbanda de Ogum de Lei e Vô Firmino de Angola - Ilê Asè Babà Mogì Guna

Xirê

Nosso Avô Babalorisà Wagner ty Osùn

Nosso Pai Babalorisà Álvaro ty Osogyian




Babà Osogyian

Babà Osogyian

Coquim Baiano!

Os baianos representam a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na “escola da vida” e, portanto, podem ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino migrante, parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande freqüência e importância nas giras de todo o país, nos últimos anos.

Os baianos da umbanda são pouco presentes na literatura da religião. Povo de fácil relacionamento, comumente aparece em giras de Caboclos e pretos velhos, sua fala é mais fácil de se entender que a fala dos caboclos. Conhecem de tudo um pouco, inclusive a quimbanda, por isso podem trabalhar tanto na direita desfazendo feitiços, quanto na esquerda.

Quando se referem aos exus usam o termo “meu compadre”, com quem tem grande afinidade e proximidade, costumam trazer recados do povo da rua, alguns costumam adentrar na tronqueira para algum “trabalho”.

Enfrentam os invasores (kiumbas, obsessores) de frente, chamando para si toda a carga com falas do gênero “venha me enfrentar, vamos vê se tu pode comigo”.

Buscam sempre o encaminhamento e doutrina, mas quando o zombeteiro não aceita e insiste em perturbar algum médium ou consulente, então os baianos se encarregam de “amarrá-lo” para que não mais perturbe ou até o dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado.

Costumam dizer que se estão ali “trabalhando” é porque não foram santos em seu tempo na terra, e também estão ali para passarem um pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra. São amigos e gostam de conversar e contar causos, mas também sabem dar broncas quando vêem alguma coisa errada.

Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente, são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé.

Os baianos na umbanda são “doutrinados”, se assim podemos dizer, apresentando um comportamento comedido, não xingam, nem provocam ninguém. Os trabalhos com a corrente dos baianos, trazem muita paz, passando perseverança, para vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena.

A entidade pode vir na linha de baianos e não ser necessariamente da Bahia, da mesma forma que na linha das crianças nem todas as entidades são realmente crianças.

Os baianos são das mais humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos sentimentos dos seus consulentes. Talvez por sua forma fervorosa de se apresentar em seus trabalhados no terreiro, aparentem ser uma das entidades, mais fortes ou dotadas de grande energia (e na verdade são), mas na umbanda não existe o mais forte ou fraco são todos iguais, só a forma do trabalho é que muda. Adoram trabalhar com outras entidades como erês, caboclos, marinheiros, exus, etc.

São grande admiradores da disciplina e organização dos trabalhos. São consoladores por natureza e adoram dar a disciplina de forma brusca e direta diferente de qualquer entidade.


Nesta linha, os baianos usam sempre muita mandinga para ajudar os zeladores da casa e os médiuns que respeitem o seu terreiro fazem e não são espalhafatosos, é aí, que aqueles médiuns que se acham os donos da verdade e acham que o terreiro foi feito pra eles, se dão mal.

É de se admirar muito, das pessoas que dizem que tem tanto tempo no santo e pouco conhecem essa linha que trabalham com muitas ligações com os “compadres”, os “exus”.

Os que pensam que são muitos espertos saem do terreiro sem entender nada e nem reparam que os baianos os afastam sem maior problemas e ainda fazem que eles levem os seus piores pensamentos e seus orgulhos.

Características dos Baianos

Comidas: Coco, cocada, farofa com carne seca.

Saudação: É da Bahia, meu Pai! / Coquim baiano!

Bebem: Água de coco, cachaça, batida de coco.

Fumam: Cigarro de palha.

Trabalham: Desmanchando trabalhos de magia negra, dando passes, etc,. São portadores de fortes orações e rezas. Alguns trabalham benzendo com água e dendê.

Cor: branco ou amarelo gema ou qual for definida pela entidade

Apresentação: Usam chapéu de palha ou de couro e falam com sotaque característico nordestino. geralmente usam roupas de couro.

Nomes de Alguns Baianos: Severino, Zé do Coco, Sete Ponteiros, Mané Baiano, Zé do Berimbau, Maria do Alto do Morro, Zé do Trilho Verde, Maria Bonita, Gentileiro, Maria do Balaio, Maria Baiana, Maria dos Remédios, Zé do Prado, Chiquinho Cangaceiro, Zé Pelintra (que trabalham também na linha de Malandros).