sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Borboletas de Oyá

Um dia Oyá sentindo que lhe faltava algo, se ajoelhou e rogou a Ọlọ́run, em resposta o mesmo lhe enviou seres mágicos e belos.

Oyá, sem entender muito, aceitou aquelas belas criaturas mágicas, leves e com uma beleza magnífica, pois cada uma possuía a sua. 

Oyá caminhava, dançava, guerreava e sempre com a companhia desses seres que, no fim de um dia, ao olhar e sentir seus toques trazia uma alegria e felicidade sem tamanho à bela Oyá. 

Depois de muito tempo tendo esses seres como uma parte sua, Ọlọ́run recolheu uma a uma, Oyá novamente se sentiu incompleta, quando se viu sozinha chorou e cada lágrima que escorria em seu belo rosto, um raio cortava o céu dos orixás, que assistiam aquela cena entristecidos.

Ọlọ́run então, veio ao encontro da menina de seus olhos, lhe disse que aqueles seres estavam espalhados pelo mundo a espera dela, e que todos pertenceriam novamente a ela se a mesma os reconhecesse. Então a bela Oyá não perdeu tempo e foi a procura deles. Os orixás se comoveram e a ajudaram a encontrar um a um.

Mas como ela os reconheceria? "Simples", disse Ọlọ́run, "você gritará 'Eparrey'", e aqueles humanos que em seus rostos escorrerem uma lágrima, estes serão chamados de Filhos de Oyá, e que quando você olhar dentro de seus olhos, verá que a alma deles tem o formato daqueles seres mágicos que um dia lhe mandei. 

Esses seres mágicos são hoje conhecidos como "Borboletas de Oyá".

(Autor desconhecido)