Por que é tão difícil respeitar o diferente?
Por que é mais fácil apontar o dedo antes de averiguar ou conhecer?
Por que o preconceito ainda existe em pleno século XXI?
Por que apesar de todas as religiões ensinarem à seus seguidores a amar o próximo, a ter empatia com o outro e respeitá-lo, mesmo sendo diferente de você, ainda assim seus seguidores apontam o dedo?
Por que os umbandistas acusam os candomblecistas? Os católicos acusam os budistas? Os evangélicos os espíritas?
Por que é tão difícil de entender que somos todos iguais, mesmo tendo cor, orientação sexual, religião, gênero, idade e condição social diferentes?
Por que eu ainda faço feitiço, com o meu guia, para o outro quebrar o pé ou faço uma oração para o outro perder o emprego, em minha igreja, para tirar do meu caminho se o que a crença que escolhi, seja qual for, me ensina que não devemos fazer isso?
Por que eu ainda quero impor a minha verdade e fazer com que ela seja aceita custe o que custar?
Por que apesar de tudo não posso ter a minha mente aberta para descobrir e aprender coisas diferentes, mesmo tendo a minha fé muito bem definida e resolvida?
Por que o que para mim é tão fácil e simples de se ver, para o outro e tão difícil de compreender?
Por que eu esqueci que quando criança eu não via e nem reparava se a pessoa que eu brincava era diferente a mim?
Por que me ensinaram a enxergar tudo isso e julgar errado tudo e qualquer coisa que seja diferente das escolhas que fiz?
Será que essas pessoas já pararam alguma vez para pensar e refletir que Deus, Cristo, Oxalá, Buda, Zeus, e todas as outras divindades estão tristes por ver e observar essas situações, várias, e várias, e várias vezes?
Será que você já pensou nisso? Já pensou quantas vezes você apontou o dedo por que não acredita em uma crença, ou por que não concorda, ou por que simplesmente não gosta das pessoas que frequentam a religião X ou Y?
Você já pensou nisso?
(Regiane Oho)
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"Cresci brincando no chão, entre formigas. De uma infância livre e sem comparamentos. Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação!" (Manoel de Barros) |