segunda-feira, 27 de agosto de 2018

10 dicas para preservar a sua energia e se manter bem



Tudo o que encontramos na natureza tem a sua energia, sendo positiva ou não. Você também não é diferente. Sua energia, e de qualquer ser vivo, é chamada pelos orientais de CHI.  Chi ou energia vital é a energia de vida que o corpo de qualquer ser vivo produz, proveniente de diversas fontes como o ar, a água, os alimentos e o sol, estando o seu estado de saúde dependente do maior ou menor grau de harmonia e fluidez dessa energia. Sendo assim, confira 10 dicas  para manter a sua energia sempre revigorada.

Dica 1 - Escute duas vezes mais do que fale. Por isso você tem dois ouvidos e uma boca, ficar calado entre os falantes te faz um aprendiz e te conduz a sabedoria.

Dica 2 - Você só resolve o que você criou. Guarde sua energia para suas questões. Quem criou o problema, tem total capacidade de resolver, e só merece ajuda quem se meche para ajudar a si mesmo. Então não dê o seu poder para quem está parado sem fazer nada apenas reclamando e choramingando, esse é o carma e aprendizado do outro, não o seu!

Dica 3 - O que você faz de esforço, deve ter de descanso. As 24 horas do dia são para você dividir entre dormir e estar em atividade, não vida 8 por 16. E sim 12 por 12.  Entendo que tem rotina que não permite que você faça isso, mas faça sempre que puder!

Dica 4 - Tenha no mínimo 3 grandes objetivos para realizar por ano!  Construir metas faz as células vibrarem alto!

Dica 5 - Faça uma vez por dia algum exercício de meditação.  Uma mente com poucos pensamentos te dá mais leveza de vida.

Dica 6 - Auto reconhecimento!  Se dê os parabéns por tudo que você faz de bom. Até um cafezinho se for o caso.

Dica 7 -  Se banque! Não tem à ver  com dinheiro, mas com postura! Ou seja, diante de cada situação da vida, pergunte a si mesmo (a): Como posso dar o meu melhor? E assuma posturas funcionais! Faça o melhor para ter o melhor!

Dica 8 - Se comande! Seu corpo e sua mente te obedecem, então experimente! Ponha ordem na sua cabeça e nas suas atitudes. Determine coisas boas para fazer e impôr para você mesmo e faça o que precisa ser feito em sua felicidade! Pois só você pode construí-la!

Dica 9 - Treine o amor próprio. Meditar te aproxima do teu real centro, o qual é puro amor. Mas você pode dar mais uma forcinha nesse amor, cuidando de você, se elogiando, se dando atenção e carinho. Pegue um tempo para estar contigo! Saia com você, faça comida para você, se dê presentes, se aceite e se ame, declare a cada dia: 👉 Hoje eu vou me amar mais do que ontem!

Dica 10 - Pranayama!  É uma técnica de respiração muito poderosa que pode até te levar a iluminação espiritual segundo o Guru Paramahansa Yogananda (se quiserem podemos fazer um post sobre o assunto. É só pedir como sugestão!). Use sempre que quiser!

Está divertido, quer saber mais? Então vou dar mais dicas como bônus!

Dica 11 - Utilize o poder da gratidão! Espalhe lembretes ou plaquinhas em sua casa agradecendo por tudo que você tem!

Dica 12 - Você e o verde! Todo vegetal tem um campo energético benéfico ao homem, quanto mais tempo você passar junto a natureza, mais está fazendo uma troca energética de cura e equilíbrio maravilhosa.

Dica 13 - Tire os outros de você!  Dentro do seu corpo e da sua cabeça, só cabe um Ser:  você. Então todos os dias afirme: Eu tiro os outros de mim!

Dica 14 - Que suas palavras sejam sempre carregadas de amor. Fale coisas belas, seja gentil, deixe as pessoas verem Deus através de você.

Dica 15 - Essa é de ouro! Tudo que você colocar o "EU SOU", você está criando e convidando para a sua vida! O que você afirma de si, se torna verdade no tempo certo!

E aí? Gostou? Quer ver mais assuntos como este? Quer saber sobre outro tema? Mande para nós a sua sugestão! 



segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Mês de agosto é dele! Salve Obaluaiê! Salve Omolu!


O blog voltou irmãos de fé! Depois de um tempo fazendo algumas mudanças na casa, vamos voltar a conversar sobre as religiões de matrizes africanas com chave de ouro! Nós estamos no mês de agosto, e a chave de ouro é essa, é o mês deste lindo orixá, o grande orixá Obaluaiê/Omolu.

Obaluaiê, o Rei da Terra, é filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJÁ que o acolheu quando a mãe rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado "o velho", com todo o prestígio e poder que a idade representa no Candomblé. Está ligado ao Sol, propicia colheitas, tem o segredo da doença e da cura. Com seu Xaxará, cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos eleitos, pelos quais Omulu quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente consagrado a Omulu, que é chamado "médico dos pobres".

Na Umbanda, o culto é feito a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário do Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais.

Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).

Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omulu ou seja Obaluaiê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.

São também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê.

Um dos mais temidos Orixás, comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol. Seu símbolo é o Xaxará - um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios.

Em termos mais estritos, Obaluaiê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaiê é a que mais se vê. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.

A figura de Omulu/Obaluaiê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.

Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão porém, é uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente era a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omulu/Obaluaiê, o Daomé.

Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omulu/Obaluaiê é uma criatura da cultura jêje, posteriormente assimilada pelos iorubás. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanos, as figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.

A visão de Omulu/Obaluaiê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubás.

Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a iorubá, o que pode ser sentido em seus mitos. A antiguidade dos cultos de Omulu/Obaluaiê e Nanã (Orixá feminino), frequentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum.

Como parte do temor dos iorubás, eles passaram a enxergar a divindade (Omulu/Obaluaiê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos denominar maligno, de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossãe). Omulu/Obaluaiê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.

Suas relações com os Orixás são marcadas pelas brigas com Xangô e Ogum e pelo abandono que os Orixás femininos legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por Oxum, por quem se apaixonou, que, juntamente com Iansã, troca-o por Xangô. Finalmente Obá, com quem se casou, foi roubada por Xangô.

Existe uma grande variedade de tipos de Omulu/Obaluaiê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omulu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.



sexta-feira, 29 de junho de 2018

Por que o jogo de búzio é cobrado?


Muitas pessoas se questionam por que cobramos para jogar búzios, e não entendem quando um sacerdote se nega a abrir o jogo sem o valor estipulado para o mesmo. Então resolvi relatar aqui, a história de nossos antepassados, e que governa o Oráculo Sagrado de Ifá:

Conta-se que em determinada época, há muitos e muitos séculos, em um tempo do qual não nos lembramos mais, um determinado moço, vivia nas esquinas com uns objetos nas mãos e com eles, fazia uma espécie de adivinhação da vida de todos que por ali passavam em troca de algum pagamento.

Interessada em aprender aquele ofício, Oxum solicitou que aquele rapaz se apresentasse em seu castelo, e esse rapaz era Exú. Após uma conversa amigável, Oxum perguntou a ele como ele fazia para que pudesse “consultar” as pessoas que por ali passavam, então, Exú lhe mostrou os búzios com os quais praticava seu dom e esses eram dezesseis.

Imediatamente Oxum, mostrou interesse em aprender com ele o manuseio daquelas “conchas” encantadas, mas ele disse-lhe que de graça não poderia lhe conceder os mistérios, mesmo sabendo que Olorúm assim desejava. Ela disse-lhe que desse seu preço e ele cobrou dela sete barris de ouro.

Ao efetuar o pagamento, Exú começou então a passar para ela os mistérios do Ifá, mas com uma condição: de que ela jamais passasse os segredos do jogo dos 16 búzios para a humanidade, pois assim teríamos o dom da imortalidade.

Oxum foi conversar com Ifá e este disse que Exú estava certo e acrescentou mais: que todos o que desejassem se beneficiar dos segredos do Oráculo pagassem tributo a ela, a Exú e a ele mesmo, Ifá, e assim nasceu o pagamento pelo jogo de búzios, e Oxum passou e a ser a verdadeira senhora desse processo juntamente com Exú.



quarta-feira, 20 de junho de 2018

Minha fé...


Sem entender o que buscar,
sem saber para onde ir,
precisando ter algo para amar,
precisando de um caminho a seguir.

Busquei em sonhos de ilusão,
busquei em templos igrejas em geral,
ouvi pastores, padres e até um ancião,
mas nada me mostrava a diferença do bem e do mal.

No peito a angústia crescia,
um desespero tomava conta de mim,
já não suportando o dia após dia,
sentindo a esperança chegar ao fim.

Com lágrimas aos olhos ao céu eu clamei,
preciso urgente que me mostre um caminho,
do céu então uma voz escutei,
não se desesperes pois não estás sozinho.

Em toda sua volta tens uma proteção,
basta apenas ter fé para conquistar,
e uma a uma colocarei em teu coração,
que a partir de agora tu passarás a amar.

Para seu coração se acalmar,
eu lhe apresento Oxalá,
que é pai supremo da terra e do mar,
sendo também pai de todos Orixás.

Para que venças as guerras da vida,
Pai Ogum, vou lhe apresentar,
cavaleiro supremo da terra querida,
bravo General dos Campos do Humaitá.

Para que tu valorize as águas límpidas do rio,
veja aqui a deusa linda e honrosa,
Oxum, Orixá linda  cheia de brio,
mãe sublime, bela e carinhosa.

Para que sua fé cresça na sagrada justiça,
Pai Xangô desejo lhe apresentar,
poderoso Orixá de inteligência infinita,
voz de trovão grande poder para nos ajudar.

Para que respostas do vento possas escutar,
que seja noite, tarde, ou mesmo manhã,
lhe apresento linda jovem divina Orixá,
doce sublime guerreira mãe Iansã.

Pai Oxossi agora te apresento,
para as forças das matas tu conquistar,
ele está contigo a todo momento,
não temas pois ele nunca vai lhe abandonar.

Para que tu sintas o poder sem igual do mar,
apresento a ti uma irradiante Orixá,
deusa das águas com grande poder de amar,
rainha sereia, a linda mãe Iemanjá.

E se algum dia os males de uma doença lhe abater,
ao grande Orixá Obaluaiê peça proteção,
e se mesmo assim seu corpo a terrível  doença não suportar,
rogue a pai Omulú que não deixe seu espírito na escuridão.

Nos momentos que desejares clareza de algo a fazer,
em tempos que precisa de sabedoria para refletir,
lhe apresentarei a senhora Nanã Buroquê,
a vovó Orixá que nunca erra como agir.

Quando sorrir e brincar estiver precisando,
Erês e Ibeijadas irei lhe mostrar,
são entidades anjos que por nós estão sempre clamando,
com sua alegria, carinho e seu grande poder de amar.

Também os Pretos Velhos desejo lhe apresentar,
pois com eles muito vais com certeza  aprender,
com carinho e humildade muda seu jeito de pensar,
nos faz estender as mãos e ajudar partilhando sem querer receber.

Se algum dia a angústia tomar conta de seu coração,
sem os irmãos caboclos não deve ficar,
são Entidades lindas para sua proteção,
que com passes e ervas, a angústia vai derrubar.

Para sua força crescer e a vitória vir por inteiro,
essa Entidade tem que a seu lado permanecer,
lhe apresento o Senhor Boiadeiro,
que com raça e perseverança os obstáculos irão sempre vencer.

Para proteção nos caminhos da noite conseguir,
e as demandas e mandingas do mal você  vencer,
os irmãos Exús e Pombo giras você tem que admitir,
que são eles que vão a sua caminhada proteger.

Como você pode nesse momento notar,
acabei de te mostrar que não estais sozinho,
grandes proteções terás para te iluminar,
então erga sua cabeça e segues teu caminho.

Vá em frente  sem se amedrontar,
siga com certeza essa linha de vida,
eu sou Zambi ou Deus, pai de Oxalá,
e estou mostrando a ti nossa Umbanda querida.

    (Homenagem a Umbanda, Sagrada e linda Umbanda/Autor: Carlos de Ogum.)



segunda-feira, 18 de junho de 2018

Quem são os caboclos na umbanda?


A denominação "caboclo", embora seja referente ao mestiço de branco com índio, na umbanda o significado é diferente. Caboclos são os espíritos de todos os índios de nosso país que viveram antes e depois de descobrimento e da miscigenação. 

Os caboclos são espíritos dos primeiros habitantes que viveram em nosso país. São espíritos guerreiros, carregam os segredos de como utilizar as ervas em diversas situações, desde doenças materiais até doenças espirituais.

Os caboclos moram nas matas, fechadas ou não, eles recebem suas oferendas neste espaço, sua cor de vibração, de modo geral, é o verde. Gostam muito de frutas diversas, bebem vinho ou a jurema (vinho preparado com algumas especiarias e frutas).

Eles podem pertencer a falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros. As vezes são confundidos com o orixá Oxóssi, mas eles são simplesmente trabalhadores dentro da umbanda  e pertencem a linha deste orixá, mas podem irradiar linhas de outros orixás também.

Podemos encontrar nas giras de caboclo, muitas frutas, ervas, flores coloridas, folhas cobrindo o chão do terreiro. Alguns caboclos podem usar em suas cabeças cocares coloridos, penachos, as caboclas gostam de adornos feitos com sementes e penas coloridas.

É nessas giras que podemos encontrar as curas através de ervas e simpatias, desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas e uma série de outras atividades executadas nos terreiros por estas entidades.

Suas consultas são com respostas diretas e precisas, seus passes demonstram uma forte energia ligada a natureza, seus conselhos puxam o seu verdadeiro "eu, procurando sempre o real sentido do significado do ser feliz e do saber viver em harmonia.

Podemos encontrar caboclos com os nomes: Pena Dourada, Jurema, Cabocla da Lua, Rompe-Mato, Caboclo Gira-Mundo, 7 Flechas, 7 Pedreiras, Caboclo Ararigbóia, Tupinambá, Caboclo Ubirajara, Cabocla Jupira entre outros nomes.

Dentre vários pontos que podemos cantar para essa linha, temos esse:

"Caboclo não tem caminho para caminhar
Caboclo não tem caminho para caminhar
Caminha por cima das folhas, por baixo das folhas em qualquer lugar
Caminha por cima das folhas, por baixo das folhas em qualquer lugar
Okê caboclo!"



quarta-feira, 6 de junho de 2018

O tamanho do amor


Num dia de muita reflexão no mosteiro, enquanto se preparava para o jantar, o monge Liu-Pei pergunta ao sábio Kwan-Kun:

– Qual o tamanho do amor? Ao que responde Kwan-Kun.

– O amor não tem tamanho. Ele não é grande, nem pequeno, é apenas amor...

– Nunca você medirá o amor, comparando-o a uma estrada.

– Os caminhos do amor não têm distância, pois ele está na medida do seu sentimento e envolvimento.

– O amor não pode ser medido, pois ele não é finito,  mas infinito enquanto dura e zerado quando acaba.

– Se você adubar o amor, percorrerá esta estrada infinitamente,  passando por declives, curvas e buracos, mas estará sempre motivado. – O amor é a grande esperança de todos nós.

– Percorrer os caminhos do amor nos levará sempre a novos desafios, e conseqüentemente a novas vitórias.



segunda-feira, 4 de junho de 2018

O que são orixás?


Orixás são a pureza divinizada da natureza, que se reflete no ser humano. Força divina que atua harmonizando e equilibrando o planeta através de sua vibração irradiante e constante que nos envolve e cuida. 

É a força divina e cósmica que se manifesta através dos elementos da natureza. Os orixás são deuses africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças.

“Orisá” em yorubá quer dizer, ori: cabeça, consciência; sá: força, escolha, energia, ou seja, força da consciência, guardião da cabeça.

O orixá seria em princípio um ancestral divinizado, que em vida estabelecera vínculos que lhe garantiam um controle sobre certas forças da natureza, como o trovão, o vento, as águas doces ou salgadas, ou então, assegurando-lhe a possibilidade de exercer certas atividades como a caça, o trabalho com metais ou, ainda, adquirindo o conhecimento das propriedades das plantas e de sua utilização. O orixá é uma força pura, axé imaterial. 

As características arquetípicas de cada orixá aproxima-os dos seres humanos, pois eles manifestam-se através de emoções como nós. 

Cada orixá tem ainda o seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários. 

Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravatura, cada orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. 

Para manterem os seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente. No interior das imagens dos santos, eles colocavam os otás, que eram pedras representativas da energia dos Orixás.

Estes deuses da Natureza são divididos em 4 elementos – água, terra, fogo e ar. 

Na Umbanda são cultuados os seguintes Orixás: Oxalá (Oxalufã e Oxaguiã), Oxóssi, Yemanjá, Ogum, Oxum, Xangô, Iansã, Xapanã (Omulu e Obaluaê), Nanã Buroquê.

No Candomblé, alguns estudiosos afirmam que são 400 o número de orixás básicos divididos em 100 do fogo, 100 da terra, 100 do ar e 100 da água, cultuados na África, contudo dezesseis são cultuados aqui no Brasil no candomblé: Oxaguiã, Oxalufã, Oxóssi, Yemanjá, Ogum, Oxum, Xangô, Oyá, Omolu/Obaluaê, Exu, Oxumaré, Obá, Ewá, Logun Edé, Ossãe, Nanã.

(Texto por: Templo de Umbanda Natural Cabocla Iaporã de Iansã)