quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Para refletir...

Recebi esta mensagem pelo aplicativo whatsapp, é muito bom para refletirmos e nos perguntar, como vemos e tratamos nossos babalorixás, yalorixás, pais e mães de santo, zeladores ou dirigentes da casa que servimos? 

"As pessoas, olham para seus zeladores, como um ícone inabalável: estão ali, 24 horas a disposição de todos.

Eu acho isso, muito bonito. O zelador é mesmo, uma referência, não só para seus filhos, como também, para outras pessoas, fora do seu axé.

Muitas vezes, não frequentamos uma casa, mas o zelador pode nos servir de referência, pela sua forma ímpar de agir e, se colocar.

Mas, a maior questão nisso é que, essas mesmas pessoas que, referenciam seu zelador e, repito, acho corretissimo, esquecem que, atrás da fortaleza, há um ser humano.

Esse ser humano, chora sozinho, muitas vezes ri, mas dentro dele, está triste.

Essa pessoa, durante o ano inteiro, por diversas vezes, não tem tempo para sua própria família.

Se divertir???? Só em raros momentos.

Seu barracão, em muitos casos, parece uma "Open House", aberta 24 horas.

E, logo depois de pedir a bença, quando pedem, procuram saber a senha do Wi-Fi, do barracão.

Mas, é raro alguém ligar e, dizer:

- Meu pai/mãe, só estou ligando para saber como o senhor (a), está?

Ou então:

- Mãe/pai, estou indo passar o dia ao seu lado. Hoje eu vou fazer seu almoço.

Ou ainda:

- Estou passando aí, pegar o senhor (a), para dar um passeio ( mesmo que não seja tão longe )

Mas não...

Jogam sobre a "fortaleza", todos seus problemas, que não são poucos. Falam do pseudo amigo do trabalho, dos filhos, do marido, da esposa, do papagaio que está gripado (até veterinário, o pai de santo precisa ser).

E vão derramando seus problemas, sem ao menos, procurar saber da condição do pai de santo, naquele dia.

E, a fortaleza, ali de pé! 

Inabalável. 

Sempre solícito!

Disponível.

De boa vontade.

Os bons momentos da fortaleza, quase sempre, são esquecidos, mas os momentos de raiva, ninguém esquece.

Sentar em uma cadeira de zeldor(a), é missão para poucos (apesar da quantidade excessiva, mas isso é outro assunto).

Essa mesma cadeira, já deu a ele, motivos de alegria e, muitas vezes, motivo de tristeza, rancor.

Não pelo orixá, mas sempre pelas pessoas.

Antes de olhar seu zelador, como uma fortaleza, lembre que ali, tem um ser humano e, por trás dele, sentimentos, carinho, atenção, decepção.

Tudo que você sente, mas acha que ele, não deve sentir.

Axé a todos!"



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