segunda-feira, 19 de março de 2018

A vela na umbanda


Ela fica presente em várias etapas nos trabalhos da Sagrada Umbanda.

Por vezes encontramos as velas vibracionais em congares, nas oferendas, pontos riscados, em firmamentos e assentamentos, firmando anjos de guarda e em quase todos os trabalhos de firmamento.

Quando um filho de Umbanda acende uma vela, mal sabe que está abrindo para sua mente uma porta interdimensional, onde sua mente consciente nem sonha com a força de seus poderes mentais.

A vela funciona na mente das pessoas como um código mental. Os estímulos visuais captados pela luz da chama da vela acendem, na verdade, a fogueira interior de cada um, despertando a lembrança de um passado muito distante, onde seus ancestrais, sentados ao redor do fogo,tomavam decisões que mudariam o curso de suas vidas.

A maioria dos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. 

É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa vela.

Não é conveniente, ao encontrar uma vela acesa no portão do cemitério, nas encruzilhadas, embaixo de uma arvore, ao lado de uma oferenda, apaga-la por brincadeira ou por outra razão. 

Devemos respeitar a fé das pessoas. Quem assim o cometer, deve ter em mente, que poderá acarretar sérios problemas com esta atitude, de ordem espiritual. Precisamos respeitar o sentimento de religiosidade das pessoas, principalmente quando acender uma vela faz parte desse sentimento. Se acender uma vela a pessoa tiver um forte poder de magnetização, torna-se mais perigoso apagar a vela. Mas, se ela não estiver magnetizada, fica a critério de cada um.

Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande preocupação com o uso de velas virgens, ou que não estejam quebradas.

Isso tem um grande fundamento, pois a vela virgem estava isenta da magnetização de uma vela usada anteriormente evitando assim um choque de energias, que geralmente anula o efeito do trabalho.

História

Quando o homem ainda habitava as cavernas nasce o primeiro resquício do que viria se tornar a vela.

Nas pinturas deixadas por essas populações foram encontrados desenhos que assemelhavam-se a recipientes que mantinham fogo aceso.

Dentro desses recipientes eram depositados gordura animal – em forma líquida – e fibras vegetais como se fosse um pavio que se encarregava de manter a “vela” queimando.

Depois de sua descoberta foram se aprimorando os métodos, e então começaram a ser confeccionadas velas desde as com sebo de animais (cheiro não muito agradável) até as produzidas com cera de abelhas (aromáticas).

O fato do calor remeter a vida e o frio a morte pode ter sido um dos motivos pelos quais as pessoas começaram a associar a vela ao poder de abençoar e afastar males de suas casas e vida.


Lista de velas, as cores e a quem se pode oferecer (normalmente)

Anjo da Guarda: Branca.
Oxalá: Branca.
Ogum: Vermelha.
Xangô: Marrom.
Obaluaiê/Omulú: Branca e Preta (uma só)
Oxóssi: Verde.
Iansã: Amarela.
Iemanjá: Azul claro.
Nanã: Lilás (Roxa).
Oxum: Azul escuro
Ibeijada, Erês (Criança): Rosa, Azul e Branca (tres velas juntas) ou Azul e Rosa (uma só).
Malandros:  Branca e Vermelha (uma só).
Ciganos: Vela de Mel, de Ouro, Amarelo ou Laranja.
Boiadeiro: Marrom.
Caboclo: Verde. 
Preto velho: Branco e Preto (uma só)
Baianos: Branca ou Amarela. 
Marinheiro: Branca e Azul (uma só).
Pombo Gira: Vermelha 
Exu: Preto
Exu Mirim: Preto e Vermelho (uma só)

Lembrando que:

- Na falta de qualquer cor das velas citadas, a vela BRANCA é universal e pode ser oferecido para qualquer orixá ou guia.

- Cada casa tem a sua utilização de velas e as cores podem sofrer mudanças.

- No candomblé as velas normalmente são utilizadas na cor Branca.




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