quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O homem que se chamava Ogãn

Um itan que os mais velhos nos conta é   que:

Legbara (Bara) fazia a festa dos orixás cantando e batendo.

Bara sempre foi sem limites... com ele não tinha hora para acabar a festa. Deixava os orixás contrariados e eles acabaram  reclamando com Olodumare sobre a conduta de Bara sem limite.

Bara atendeu Olodumare e disse:

- Tudo bem!!! Não canto e nem bato atabaque mais para os orixás.

Um dia os orixás precisaram de Bara para festejar e Bara falou para os orixás:

- NÃO CANTO E NEM BATO PARA VOCÊS NUNCA MAIS!

Os orixás foram falar de novo com Olodumare. Pediram para que viesse a interceder na decisão de Bara.

Olodumare vai falar com Bara que diz:

- Nunca mais canto ou bato para os orixás!!! 

E fez um trato com Olodumare:

- Crie HOMENS de baixa mediunidade espiritual que ensino a cantar e bater atabaque. Neste exato momento de conversa estava passando um HOMEM e Olodumare falou para Bara:

- Ensina este HOMEM !!!

Bara falou:

- ENSINO!!!

E perguntou o nome do HOMEM que respondeu:

- Meu nome é OGÃN.

Por este motivo todos que toca e canta em ATABAQUE DE CANDOMBLÉ É CHAMADO DE OGÃN.

O legado dos nossos antepassados é ogãn homem e somente homem toca e canta no candomblé.

Na hierarquia do candomblé MULHER NÃO BATE ATABAQUE. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário