segunda-feira, 27 de agosto de 2018

10 dicas para preservar a sua energia e se manter bem



Tudo o que encontramos na natureza tem a sua energia, sendo positiva ou não. Você também não é diferente. Sua energia, e de qualquer ser vivo, é chamada pelos orientais de CHI.  Chi ou energia vital é a energia de vida que o corpo de qualquer ser vivo produz, proveniente de diversas fontes como o ar, a água, os alimentos e o sol, estando o seu estado de saúde dependente do maior ou menor grau de harmonia e fluidez dessa energia. Sendo assim, confira 10 dicas  para manter a sua energia sempre revigorada.

Dica 1 - Escute duas vezes mais do que fale. Por isso você tem dois ouvidos e uma boca, ficar calado entre os falantes te faz um aprendiz e te conduz a sabedoria.

Dica 2 - Você só resolve o que você criou. Guarde sua energia para suas questões. Quem criou o problema, tem total capacidade de resolver, e só merece ajuda quem se meche para ajudar a si mesmo. Então não dê o seu poder para quem está parado sem fazer nada apenas reclamando e choramingando, esse é o carma e aprendizado do outro, não o seu!

Dica 3 - O que você faz de esforço, deve ter de descanso. As 24 horas do dia são para você dividir entre dormir e estar em atividade, não vida 8 por 16. E sim 12 por 12.  Entendo que tem rotina que não permite que você faça isso, mas faça sempre que puder!

Dica 4 - Tenha no mínimo 3 grandes objetivos para realizar por ano!  Construir metas faz as células vibrarem alto!

Dica 5 - Faça uma vez por dia algum exercício de meditação.  Uma mente com poucos pensamentos te dá mais leveza de vida.

Dica 6 - Auto reconhecimento!  Se dê os parabéns por tudo que você faz de bom. Até um cafezinho se for o caso.

Dica 7 -  Se banque! Não tem à ver  com dinheiro, mas com postura! Ou seja, diante de cada situação da vida, pergunte a si mesmo (a): Como posso dar o meu melhor? E assuma posturas funcionais! Faça o melhor para ter o melhor!

Dica 8 - Se comande! Seu corpo e sua mente te obedecem, então experimente! Ponha ordem na sua cabeça e nas suas atitudes. Determine coisas boas para fazer e impôr para você mesmo e faça o que precisa ser feito em sua felicidade! Pois só você pode construí-la!

Dica 9 - Treine o amor próprio. Meditar te aproxima do teu real centro, o qual é puro amor. Mas você pode dar mais uma forcinha nesse amor, cuidando de você, se elogiando, se dando atenção e carinho. Pegue um tempo para estar contigo! Saia com você, faça comida para você, se dê presentes, se aceite e se ame, declare a cada dia: 👉 Hoje eu vou me amar mais do que ontem!

Dica 10 - Pranayama!  É uma técnica de respiração muito poderosa que pode até te levar a iluminação espiritual segundo o Guru Paramahansa Yogananda (se quiserem podemos fazer um post sobre o assunto. É só pedir como sugestão!). Use sempre que quiser!

Está divertido, quer saber mais? Então vou dar mais dicas como bônus!

Dica 11 - Utilize o poder da gratidão! Espalhe lembretes ou plaquinhas em sua casa agradecendo por tudo que você tem!

Dica 12 - Você e o verde! Todo vegetal tem um campo energético benéfico ao homem, quanto mais tempo você passar junto a natureza, mais está fazendo uma troca energética de cura e equilíbrio maravilhosa.

Dica 13 - Tire os outros de você!  Dentro do seu corpo e da sua cabeça, só cabe um Ser:  você. Então todos os dias afirme: Eu tiro os outros de mim!

Dica 14 - Que suas palavras sejam sempre carregadas de amor. Fale coisas belas, seja gentil, deixe as pessoas verem Deus através de você.

Dica 15 - Essa é de ouro! Tudo que você colocar o "EU SOU", você está criando e convidando para a sua vida! O que você afirma de si, se torna verdade no tempo certo!

E aí? Gostou? Quer ver mais assuntos como este? Quer saber sobre outro tema? Mande para nós a sua sugestão! 



segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Mês de agosto é dele! Salve Obaluaiê! Salve Omolu!


O blog voltou irmãos de fé! Depois de um tempo fazendo algumas mudanças na casa, vamos voltar a conversar sobre as religiões de matrizes africanas com chave de ouro! Nós estamos no mês de agosto, e a chave de ouro é essa, é o mês deste lindo orixá, o grande orixá Obaluaiê/Omolu.

Obaluaiê, o Rei da Terra, é filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJÁ que o acolheu quando a mãe rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado "o velho", com todo o prestígio e poder que a idade representa no Candomblé. Está ligado ao Sol, propicia colheitas, tem o segredo da doença e da cura. Com seu Xaxará, cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos eleitos, pelos quais Omulu quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente consagrado a Omulu, que é chamado "médico dos pobres".

Na Umbanda, o culto é feito a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário do Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais.

Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).

Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omulu ou seja Obaluaiê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.

São também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê.

Um dos mais temidos Orixás, comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol. Seu símbolo é o Xaxará - um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios.

Em termos mais estritos, Obaluaiê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaiê é a que mais se vê. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.

A figura de Omulu/Obaluaiê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.

Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão porém, é uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente era a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omulu/Obaluaiê, o Daomé.

Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omulu/Obaluaiê é uma criatura da cultura jêje, posteriormente assimilada pelos iorubás. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanos, as figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.

A visão de Omulu/Obaluaiê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubás.

Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a iorubá, o que pode ser sentido em seus mitos. A antiguidade dos cultos de Omulu/Obaluaiê e Nanã (Orixá feminino), frequentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum.

Como parte do temor dos iorubás, eles passaram a enxergar a divindade (Omulu/Obaluaiê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos denominar maligno, de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossãe). Omulu/Obaluaiê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.

Suas relações com os Orixás são marcadas pelas brigas com Xangô e Ogum e pelo abandono que os Orixás femininos legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por Oxum, por quem se apaixonou, que, juntamente com Iansã, troca-o por Xangô. Finalmente Obá, com quem se casou, foi roubada por Xangô.

Existe uma grande variedade de tipos de Omulu/Obaluaiê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omulu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.



sexta-feira, 29 de junho de 2018

Por que o jogo de búzio é cobrado?


Muitas pessoas se questionam por que cobramos para jogar búzios, e não entendem quando um sacerdote se nega a abrir o jogo sem o valor estipulado para o mesmo. Então resolvi relatar aqui, a história de nossos antepassados, e que governa o Oráculo Sagrado de Ifá:

Conta-se que em determinada época, há muitos e muitos séculos, em um tempo do qual não nos lembramos mais, um determinado moço, vivia nas esquinas com uns objetos nas mãos e com eles, fazia uma espécie de adivinhação da vida de todos que por ali passavam em troca de algum pagamento.

Interessada em aprender aquele ofício, Oxum solicitou que aquele rapaz se apresentasse em seu castelo, e esse rapaz era Exú. Após uma conversa amigável, Oxum perguntou a ele como ele fazia para que pudesse “consultar” as pessoas que por ali passavam, então, Exú lhe mostrou os búzios com os quais praticava seu dom e esses eram dezesseis.

Imediatamente Oxum, mostrou interesse em aprender com ele o manuseio daquelas “conchas” encantadas, mas ele disse-lhe que de graça não poderia lhe conceder os mistérios, mesmo sabendo que Olorúm assim desejava. Ela disse-lhe que desse seu preço e ele cobrou dela sete barris de ouro.

Ao efetuar o pagamento, Exú começou então a passar para ela os mistérios do Ifá, mas com uma condição: de que ela jamais passasse os segredos do jogo dos 16 búzios para a humanidade, pois assim teríamos o dom da imortalidade.

Oxum foi conversar com Ifá e este disse que Exú estava certo e acrescentou mais: que todos o que desejassem se beneficiar dos segredos do Oráculo pagassem tributo a ela, a Exú e a ele mesmo, Ifá, e assim nasceu o pagamento pelo jogo de búzios, e Oxum passou e a ser a verdadeira senhora desse processo juntamente com Exú.



quarta-feira, 20 de junho de 2018

Minha fé...


Sem entender o que buscar,
sem saber para onde ir,
precisando ter algo para amar,
precisando de um caminho a seguir.

Busquei em sonhos de ilusão,
busquei em templos igrejas em geral,
ouvi pastores, padres e até um ancião,
mas nada me mostrava a diferença do bem e do mal.

No peito a angústia crescia,
um desespero tomava conta de mim,
já não suportando o dia após dia,
sentindo a esperança chegar ao fim.

Com lágrimas aos olhos ao céu eu clamei,
preciso urgente que me mostre um caminho,
do céu então uma voz escutei,
não se desesperes pois não estás sozinho.

Em toda sua volta tens uma proteção,
basta apenas ter fé para conquistar,
e uma a uma colocarei em teu coração,
que a partir de agora tu passarás a amar.

Para seu coração se acalmar,
eu lhe apresento Oxalá,
que é pai supremo da terra e do mar,
sendo também pai de todos Orixás.

Para que venças as guerras da vida,
Pai Ogum, vou lhe apresentar,
cavaleiro supremo da terra querida,
bravo General dos Campos do Humaitá.

Para que tu valorize as águas límpidas do rio,
veja aqui a deusa linda e honrosa,
Oxum, Orixá linda  cheia de brio,
mãe sublime, bela e carinhosa.

Para que sua fé cresça na sagrada justiça,
Pai Xangô desejo lhe apresentar,
poderoso Orixá de inteligência infinita,
voz de trovão grande poder para nos ajudar.

Para que respostas do vento possas escutar,
que seja noite, tarde, ou mesmo manhã,
lhe apresento linda jovem divina Orixá,
doce sublime guerreira mãe Iansã.

Pai Oxossi agora te apresento,
para as forças das matas tu conquistar,
ele está contigo a todo momento,
não temas pois ele nunca vai lhe abandonar.

Para que tu sintas o poder sem igual do mar,
apresento a ti uma irradiante Orixá,
deusa das águas com grande poder de amar,
rainha sereia, a linda mãe Iemanjá.

E se algum dia os males de uma doença lhe abater,
ao grande Orixá Obaluaiê peça proteção,
e se mesmo assim seu corpo a terrível  doença não suportar,
rogue a pai Omulú que não deixe seu espírito na escuridão.

Nos momentos que desejares clareza de algo a fazer,
em tempos que precisa de sabedoria para refletir,
lhe apresentarei a senhora Nanã Buroquê,
a vovó Orixá que nunca erra como agir.

Quando sorrir e brincar estiver precisando,
Erês e Ibeijadas irei lhe mostrar,
são entidades anjos que por nós estão sempre clamando,
com sua alegria, carinho e seu grande poder de amar.

Também os Pretos Velhos desejo lhe apresentar,
pois com eles muito vais com certeza  aprender,
com carinho e humildade muda seu jeito de pensar,
nos faz estender as mãos e ajudar partilhando sem querer receber.

Se algum dia a angústia tomar conta de seu coração,
sem os irmãos caboclos não deve ficar,
são Entidades lindas para sua proteção,
que com passes e ervas, a angústia vai derrubar.

Para sua força crescer e a vitória vir por inteiro,
essa Entidade tem que a seu lado permanecer,
lhe apresento o Senhor Boiadeiro,
que com raça e perseverança os obstáculos irão sempre vencer.

Para proteção nos caminhos da noite conseguir,
e as demandas e mandingas do mal você  vencer,
os irmãos Exús e Pombo giras você tem que admitir,
que são eles que vão a sua caminhada proteger.

Como você pode nesse momento notar,
acabei de te mostrar que não estais sozinho,
grandes proteções terás para te iluminar,
então erga sua cabeça e segues teu caminho.

Vá em frente  sem se amedrontar,
siga com certeza essa linha de vida,
eu sou Zambi ou Deus, pai de Oxalá,
e estou mostrando a ti nossa Umbanda querida.

    (Homenagem a Umbanda, Sagrada e linda Umbanda/Autor: Carlos de Ogum.)



segunda-feira, 18 de junho de 2018

Quem são os caboclos na umbanda?


A denominação "caboclo", embora seja referente ao mestiço de branco com índio, na umbanda o significado é diferente. Caboclos são os espíritos de todos os índios de nosso país que viveram antes e depois de descobrimento e da miscigenação. 

Os caboclos são espíritos dos primeiros habitantes que viveram em nosso país. São espíritos guerreiros, carregam os segredos de como utilizar as ervas em diversas situações, desde doenças materiais até doenças espirituais.

Os caboclos moram nas matas, fechadas ou não, eles recebem suas oferendas neste espaço, sua cor de vibração, de modo geral, é o verde. Gostam muito de frutas diversas, bebem vinho ou a jurema (vinho preparado com algumas especiarias e frutas).

Eles podem pertencer a falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros. As vezes são confundidos com o orixá Oxóssi, mas eles são simplesmente trabalhadores dentro da umbanda  e pertencem a linha deste orixá, mas podem irradiar linhas de outros orixás também.

Podemos encontrar nas giras de caboclo, muitas frutas, ervas, flores coloridas, folhas cobrindo o chão do terreiro. Alguns caboclos podem usar em suas cabeças cocares coloridos, penachos, as caboclas gostam de adornos feitos com sementes e penas coloridas.

É nessas giras que podemos encontrar as curas através de ervas e simpatias, desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas e uma série de outras atividades executadas nos terreiros por estas entidades.

Suas consultas são com respostas diretas e precisas, seus passes demonstram uma forte energia ligada a natureza, seus conselhos puxam o seu verdadeiro "eu, procurando sempre o real sentido do significado do ser feliz e do saber viver em harmonia.

Podemos encontrar caboclos com os nomes: Pena Dourada, Jurema, Cabocla da Lua, Rompe-Mato, Caboclo Gira-Mundo, 7 Flechas, 7 Pedreiras, Caboclo Ararigbóia, Tupinambá, Caboclo Ubirajara, Cabocla Jupira entre outros nomes.

Dentre vários pontos que podemos cantar para essa linha, temos esse:

"Caboclo não tem caminho para caminhar
Caboclo não tem caminho para caminhar
Caminha por cima das folhas, por baixo das folhas em qualquer lugar
Caminha por cima das folhas, por baixo das folhas em qualquer lugar
Okê caboclo!"



quarta-feira, 6 de junho de 2018

O tamanho do amor


Num dia de muita reflexão no mosteiro, enquanto se preparava para o jantar, o monge Liu-Pei pergunta ao sábio Kwan-Kun:

– Qual o tamanho do amor? Ao que responde Kwan-Kun.

– O amor não tem tamanho. Ele não é grande, nem pequeno, é apenas amor...

– Nunca você medirá o amor, comparando-o a uma estrada.

– Os caminhos do amor não têm distância, pois ele está na medida do seu sentimento e envolvimento.

– O amor não pode ser medido, pois ele não é finito,  mas infinito enquanto dura e zerado quando acaba.

– Se você adubar o amor, percorrerá esta estrada infinitamente,  passando por declives, curvas e buracos, mas estará sempre motivado. – O amor é a grande esperança de todos nós.

– Percorrer os caminhos do amor nos levará sempre a novos desafios, e conseqüentemente a novas vitórias.



segunda-feira, 4 de junho de 2018

O que são orixás?


Orixás são a pureza divinizada da natureza, que se reflete no ser humano. Força divina que atua harmonizando e equilibrando o planeta através de sua vibração irradiante e constante que nos envolve e cuida. 

É a força divina e cósmica que se manifesta através dos elementos da natureza. Os orixás são deuses africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças.

“Orisá” em yorubá quer dizer, ori: cabeça, consciência; sá: força, escolha, energia, ou seja, força da consciência, guardião da cabeça.

O orixá seria em princípio um ancestral divinizado, que em vida estabelecera vínculos que lhe garantiam um controle sobre certas forças da natureza, como o trovão, o vento, as águas doces ou salgadas, ou então, assegurando-lhe a possibilidade de exercer certas atividades como a caça, o trabalho com metais ou, ainda, adquirindo o conhecimento das propriedades das plantas e de sua utilização. O orixá é uma força pura, axé imaterial. 

As características arquetípicas de cada orixá aproxima-os dos seres humanos, pois eles manifestam-se através de emoções como nós. 

Cada orixá tem ainda o seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários. 

Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravatura, cada orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. 

Para manterem os seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente. No interior das imagens dos santos, eles colocavam os otás, que eram pedras representativas da energia dos Orixás.

Estes deuses da Natureza são divididos em 4 elementos – água, terra, fogo e ar. 

Na Umbanda são cultuados os seguintes Orixás: Oxalá (Oxalufã e Oxaguiã), Oxóssi, Yemanjá, Ogum, Oxum, Xangô, Iansã, Xapanã (Omulu e Obaluaê), Nanã Buroquê.

No Candomblé, alguns estudiosos afirmam que são 400 o número de orixás básicos divididos em 100 do fogo, 100 da terra, 100 do ar e 100 da água, cultuados na África, contudo dezesseis são cultuados aqui no Brasil no candomblé: Oxaguiã, Oxalufã, Oxóssi, Yemanjá, Ogum, Oxum, Xangô, Oyá, Omolu/Obaluaê, Exu, Oxumaré, Obá, Ewá, Logun Edé, Ossãe, Nanã.

(Texto por: Templo de Umbanda Natural Cabocla Iaporã de Iansã)



sexta-feira, 18 de maio de 2018

Omolu


Quando Omolu era um menino de uns doze anos, saiu de casa e foi para o mundo para fazer vida.

De cidade em cidade, de vila em vila, ele ia oferecendo seus serviços, procurando emprego.

Mas Omolu não conseguia nada.

Ninguém lhe dava o que fazer, ninguém o empregava.

E ele teve que pedir esmola, mas ao menino ninguém dava nada, nem do que comer, nem do que beber.

Tinha um cachorro que o acompanhava e só.

Omolu e seu cachorro retiraram-se no mato e foram viver com as cobras.

Omolu comia o que a mata dava: frutas, folhas, raízes.

Mas os espinho da floresta feriam o menino.

As picadas de mosquito cobriam-lhe o corpo.

Omolu ficou coberto de chagas.

Só o cachorro confortava Omolu, lambendo-lhe as feridas.

Um dia, quando dormia, Omolu escutou uma voz: “estás pronto. Levanta e vai cuidar do povo”.

Omolu viu que todas as feridas estavam cicatrizadas. Não tinha dores nem febre.

Obaluaê juntou as cabacinhas, os atós, onde guardava água e remédios que aprendera a usar com a floresta, agradeceu a Olorum e partiu.

Naquele tempo uma peste infestava a Terra.

Por todo lado estava morrendo gente.

Todas as aldeias enterravam os seus mortos.

Os pais de Omolu foram ao babalaô e ele disse que Omolu estava vivo e que ele traria a cura para a peste.

Todo lugar aonde chegava, a fama precedia Omolu. Todos esperavam-no com festa, pois ele curava. 

Os que antes lhe negaram até mesmo água de beber agora imploravam por sua cura.

Ele curava todos, afastava a peste.

Então dizia que se protegessem, levando na mão uma folha de dracena, o peregum, e pintando a cabeça com efum, ossúm e wági, os pós branco, vermelho e azul usados nos rituais e encantamentos.

Curava os doentes e com o xaxará varria a peste para fora da casa, para que a praga não pegasse outras pessoas da família.

Limpava casas e aldeias com a mágica vassoura de fibras de coqueiro, seu instrumento de cura, seu símbolo, seu cetro, o xaxará.

Quando chegou em casa, Omolu curou os pais e todos estavam felizes.

Todos cantavam e louvavam o curandeiro e todos o chamaram Obaluaê, todos davam vivas ao Senhor da Terra!



quinta-feira, 17 de maio de 2018

Escrava Anastácia


Aproveitando que esta semana é dedicado aos Pretos Velhos e Pretas Velhas, neste quadro o que tem por aí?, vamos conhecer um pouco sobre a escrava Anastácia, que alguns dizem que ela realmente
existiu e foi trazida da Africa escravizada em nosso país, e outros dizem que ela é apenas uma personagem que existiu apenas no imaginário popular.

Verdade ou não, o fato é que existem uma devoção muito grande por uma boa parte dos brasileiros e africanos também. 

Acredita-se que Anastácia era uma princesa no continente africano e que capturada foi trazida como escrava para terras brasileiras. Morreu em Pompeu, no dia 12 de maio de 1740 (local e data incertos), e é cultuada informalmente pela realização de supostos milagres.

Seu culto foi iniciado em 1968, quando numa exposição da Igreja do Rosário do Rio de Janeiro em homenagem aos 80 anos da abolição, foi exposto um desenho de Étienne Victor Arago representando uma escrava do século XVIII que usava máscara de flandres que permitia à pessoa enxergar e respirar, sem contudo, levar alimento à boca.

Anastácia era uma mulher de linda e rara beleza, que chamava atenção de qualquer homem. Ela era curandeira, ajudava os doentes, e com suas mãos, fazia verdadeiros milagres. Por se negar a ir para a cama com seu senhor, apanhou muito e foi sentenciada a usar uma máscara de flandres por toda a sua vida, retirando apenas para se alimentar debaixo de muita violência, sobrevivendo por pouco tempo.

No dia 15 de maio de 1990, a extinta Rede Manchete, exibiu em sua programação uma minissérie de nome Escrava Anastácia onde conta a vida da escrava. Veja abaixo a abertura desta minissérie.



quarta-feira, 16 de maio de 2018

A arte de viver juntos


Conta uma lenda dos índios sioux que, certa vez, Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas à tenda do velho feiticeiro da tribo e pediram:

- Nós nos amamos e vamos nos casar. Mas nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta ficar sempre juntos, que nos assegure estar um ao lado do outro até a morte. Há algo que possamos fazer?

E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:

- Há o que possa ser feito, ainda que sejam tarefas muito difíceis. 

Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia apenas com uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono; lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com uma rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim viva!

Os jovens se abraçaram com ternura e logo partiram para cumprir a missão.

No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves. O velho tirou-as dos sacos e constatou que eram verdadeiramente formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido.

-E agora, o que faremos? Os jovens perguntaram.

-Peguem as aves e amarrem uma à outra pelos pés com essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres.

Eles fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros. 

A águia e o falcão tentaram voar, mas conseguiram apenas saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela impossibilidade do vôo, as aves arremessaram-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar.

Então o velho disse:

- Jamais esqueçam o que estão vendo, esse é o meu conselho. 

Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados. Libere a pessoa que você ama para que ela possa voar com as próprias asas. Essa é uma verdade no casamento e também nas relações familiares, de amizades e profissionais. Respeite o direito das pessoas de voar rumo ao sonho delas.

A lição principal é saber que somente livres as pessoas são capazes de amar



segunda-feira, 14 de maio de 2018

O que é a umbanda?


A Umbanda é uma religião que é estruturada, moralmente, em 3 princípios: fraternidade, caridade e simplicidade. 

Admite um deus gerador chamado (Zambi), que é o criador de tudo e todos. Seus adeptos (chamados também de "umbandistas" ou "filhos de fé") cultuam divindades denominadas Orixás e reverenciam espíritos chamados guias. 

Suas origens são remotas, vindo do berço de nossa civilização, talvez até de civilizações mais antigas, ainda desconhecida pelo homem. A umbanda como conhecemos agora, renasceu no século XX, no dia l5 de novembro de 1908 através do médium Zélio Fernandino de Morais e foi estruturada livre de práticas e mitologias passadas.

Sua orientação espiritual ou doutrinária é feita pelos guias - espíritos que atuam na Umbanda sob uma determinada linha de trabalho que, por sua vez, está ligada diretamente a um determinado Orixá. 

Os guias têm sapiência e consciência da natureza humana e os atributos para que essa humanidade possa evoluir e seguir por um caminho melhor. Os guias se manifestam através da mediunidade dos médiuns, sendo a prática da incorporação a matriz do trabalho deles - ato pelo qual uma pessoa médium, inconsciente, consciente ou semi-consciente, permite que espíritos falem através de seu corpo físico e mental. 

Os guias possuem diversos arquétipos pelos quais se apresentam através da incorporação. Cada arquétipo está ligado a uma determinada linha espiritual. Como exemplos, desses arquétipos podemos citar: Pretos-Velhos, Caboclos, Baianos, Marinheiros, Boiadeiros, Crianças, Ciganos, Exus e Pomba-giras, entre outros. 

Cada terreiro ou conglomerado de terreiros têm a sua forma de interpretar e manifestar a religião de Umbanda. São diversos ritos que diferem de casa para casa. Alguns utilizam atabaques, já outros, não utilizam tais instrumentos, preferindo somente o ritmo das palmas e o cântico dos pontos cantados. 

De maneira geral, toda gira de Umbanda inicia-se com o processo de defumação - elemento característico de quase todas as giras - que consiste na queima de ervas e essências, com a finalidade de limpeza da matéria e do espírito, e do ambiente do terreiro antes do início da sessão e do trabalho das entidades que ali estarão. 

Normalmente as giras se iniciam com os pontos cantados, defumação e a incorporação. As giras variam de casa para casa e podem ser de atendimento e/ou de desenvolvimento, específicas para cada grupamento de entidades, ou seja, gira de Pretos-Velhos, de Caboclos, de Crianças etc.

Nas giras de atendimento os médiuns incorporados pelos seus guias (Pretos-Velhos, Caboclos, Crianças etc), procedem ao atendimento espiritual ao público, em que todos são convidados a se consultarem com um guia e/ou a tomar um "passe". 

Nas giras de desenvolvimento, os médiuns da casa são desenvolvidos pelos guia chefe da casa ou por outros guias mais experientes, para o trabalho espiritual. O desenvolvimento (que também varia de casa para casa) consiste em "chamar" o guia do médium e "firmá-lo" nesse médium até que ele, o guia, possa incorporar sem a necessidade da ajuda de um guia mais experiente. 

Durante o processo de desenvolvimento, os médiuns passam por diversos rituais, como: banhos de folhas, firmeza de cabeça, deitadas etc. Os quais são fundamentados e variantes para cada forma de Umbanda existente.


Terreiro de Umbanda Ogum de Lei e Vô Firmino de Angola - Ilê Asè Babà Mogì Guna


Festa de Preto Velho!


Adorei as almas!!!

Ontem, dia 13 de maio, foi o dia dos vôzinhos e das vózinhas. Dia das entidades que carregam a sabedoria, a paciência e a meiguice que só eles carregam. O Terreiro de Umbanda de Ogum de Lei e Vô Firmino de Angola realizou a festa dedicado à eles neste sábado, 12 de maio. Venham ver como a nossa festa foi linda!














sexta-feira, 11 de maio de 2018

Como surgiu as curas nos rituais africanos


Iansã vivia feliz com Ogum, pois os dois tinham muitas coisas em comum, como o gosto pela guerra e o desejo de desbravar novos lugares. 

Gostavam da companhia um do outro, sentindo-se em harmonia. Com ele, que é conhecedor de todos os caminhos, Iansã aprendeu a andar pela Terra. Gostava muito de vê-lo trabalhar, em seu ofício de ferreiro, tentando aprender como ele confeccionava suas armas e ferramentas. 

Iansã pedia insistentemente que lhe fizesse uma arma para guerrear. Um dia, Ogum a surpreendeu, oferecendo-lhe uma espada curva, que era ideal para seu uso. Isso a agradou muito, tanto que, mais tarde, todo seu exército estava usando esse mesmo tipo de arma. 

Mas Ogum não a levava em suas batalhas, deixando-a sozinha e entediada. Sem falar no tempo que gastava em seus afazeres de ferreiro. Iansã adorava a liberdade, mas, ao mesmo tempo, não dispensava uma boa companhia. 

Começou a sentir-se rejeitada por ele. Foi nesse momento que Xangô, o grande rei, foi procurar Ogum, pois precisava de armas para seu exército. Ele era muito atraente e cuidadoso com sua aparência. Era impossível não notar sua presença. 

Ogum, aceitando o pedido, começou a produzir armas para Xangô, que tinha muita urgência. Ficaria na aldeia o tempo necessário para o término do serviço. Xangô também notou a presença de Iansã sentindo uma grande atração por ela. 

Com seu jeito de ser, aproximou-se dela para trocar conhecimentos a respeito de suas habilidades. Descobriram, nessas conversas, que possuíam muitas afinidades, inclusive que não gostavam de viver isolados, assim como Ogum. 

Iansã estava muito interessada em Xangô e em tudo o que estava aprendendo com ele, mas não queria magoar Ogum, a quem respeitava muito. Xangô propôs-lhe uma união eterna, sem monotonia, sem solidão, viajando sempre juntos por toda a Terra. 

Seria uma união perfeita. Quando Ogum terminou seu trabalho, os dois já haviam partido. Ele ficou enfurecido com a traição de ambos, mesmo sabendo que sua companheira não podia ficar cativa para sempre. 

Partiu atrás deles para vingar sua desonra! Iansã estava vindo ao seu encontro, para explicar-lhe que não poderia mais ficar com ele, pois Xangô a completava, mas que iria respeitá-lo sempre como grande orixá da guerra. 

Ogum estava tão enfurecido, que não ouviu o que ela dizia, e foi com grande fúria que investiu contra ela, erguendo sua espada. Iansã, em defesa própria, também o atacou. 

Ela foi golpeada em nove partes do seu corpo, e Ogum em sete, formando curas. Esses números ficaram muito ligados a esses orixás, assim como as curas, que foram introduzidas nos rituais africanos



quarta-feira, 9 de maio de 2018

A força está em você


Todos nós passamos por dificuldades na vida, sejam elas de ordem física, emocional, financeira ou espiritual. 

Nesses momentos sentimo-nos fragilizados e sem forças para prosseguir na jornada. Agimos como aqueles alunos que vão mal nas matérias que cursam e que decidem largar tudo. Deixar tudo e desistir parece ser o caminho mais fácil, mas isso não corresponde à realidade. 

Sempre que deixamos algo por fazer, um dia teremos que voltar e dar continuidade, isto quando não temos de refazer tudo novamente. Assim é a vida. Estamos aqui na Terra em aprendizado e não podemos duvidar de que Deus, nosso Pai e Criador espera e deseja que cresçamos, que nos tornemos melhores, e com isso mais felizes e saudáveis de corpo e de alma. 

Assim, quando a dor chega a nós, seja por nossa invigilância ou como prova a nos testar a paciência e a fé, a tendência é nos desesperarmos e tentarmos buscar fora de nós a ajuda ou o “milagre” para nos aliviar. 

Ainda não aprendemos que Deus nos deu todas as condições para superarmos as dificuldades. Ele nos deu a inteligência e a capacidade de pensarmos. Deus deixou dentro de cada um de nós uma força que desconhecemos e que não sabemos como usá-la. 

Essa força, porém, só pode e deve ser utilizada para o bem, porque vem de Deus e Ele é só amor, bondade e justiça. Assim, se você estiver passando por qualquer dificuldade, por pior que lhe seja, creia, 

Deus está em você. Confie, acredite. Os homens têm suas limitações, mas Deus tem todo o poder e para aquele que Nele crê, tudo é possível. 

Pense Nisso!



terça-feira, 8 de maio de 2018

Festa de Ogum


Peço desculpas pela demora em postar a nossa festa de Ogum... Mas hoje consegui sentar e mostrar um pouco de como a festa foi linda! Obrigada meu pai Ogum por nos abençoar sempre, proteger e nos dar esta oportunidade! Ogunhê!






sexta-feira, 27 de abril de 2018

O guerreiro virou orixá!


Quer conhecer a lenda sobre como esse guerreiro virou Orixá? 

Conta a lenda que um dia, Ogum foi requisitado para uma batalha que não havia data certa para finalizar. Sendo assim, ele solicitou para seu filho que era o dono do trono de Irê dedicar um dia no ano em seu nome enquanto ele estivesse em batalha. 

Toda população deveria jejuar e fazer silêncio. Dessa forma ele partiu e permaneceu durante sete anos em batalha.

Ao retornar sedento e faminto, bateu em diversas casas pedindo bebida e comida, mas ninguém o atendia, o silêncio na cidade era absoluto. 

Enfurecido pela falta de consideração da população, Ogum não se controlou e dizimou toda a aldeia a fio de espada. O Ogum só parou quando seu filho apareceu e com a ajuda de Exú, controlou a fúria do pai sem entender o que o motivou a tamanha atrocidade. 

Ele então se explicou, disse que as pessoas deveriam ter-lhe recebido com festa e presentes, mas ao contrário quando pediu uma bebida pois estava morto de sede, eles o ignoravam.

Seu filho então o lembrou do pedido que ele fez antes de sair da vila, de um dia de homenagem em silêncio, e aquele era o dia. Tomado por vergonha e remorso, Ogum abriu o chão com sua espada e se enterrou de pé.

E foi assim que Ogum, o grande guerreiro se transformou no grande orixá que conhecemos hoje!

Patacori Ogum!!! Ogunhê!!!




quinta-feira, 26 de abril de 2018

Zeca Pagodinho


Essa semana estamos dedicando ao orixá Ogum, e hoje como não podemos deixar de falar o que tem por aí, vamos conhecer um pouco mais do cantor Zeca Pagodinho.

Jessé Gomes da Silva Filho, é o nome de Zeca Pagodinho, um dos maiores cantores e compositores do samba dentro de nossa música brasileira. Nasceu no Rio de Janeiro, em 04 de fevereiro de 1959, começou a sua carreira cantando em rodas de samba nos bairros Irajá e Del Castilho, no mesmo estado.

Gravou mais de 20 discos, considerado um grande cantor renomado por críticos e compositores na área do samba e pagode. Zeca, adepto às religiões de matrizes africana e muito devoto dos orixás, principalmente Ogum, compôs e cantou várias músicas sobre o panteão africano, uma dessas músicas e muito conhecida é Ogum (veja abaixo a letra e o clipe da canção).


Eu sou descendente Zulú
Sou um soldado de Ogum
devoto dessa imensa legião de Jorge
Eu sincretizado na fé
Sou carregado de axé
E protegido por um cavaleiro nobre
Sim vou nà igreja festejar meu protetor
E agradecer por eu ser mais um vencedor
Nas lutas nas batalhas
Sim vou no terreiro pra bater o meu tambor
Bato cabeça firmo ponto sim senhor
Eu canto pra Ogum
Ogum
Um guerreiro valente que cuida da gente que sofre demais
Ogum
Ele vem de Aruanda ele vence demanda de gente que faz
Ogum
Cavaleiro do céu escudeiro fiel mensageiro da paz
Ogum
Ele nunca balança ele pega na lança ele mata o dragão
Ogum
É quem da confiança pra uma criança virar um leão
Ogum
É um mar de esperança que traz a bonança pro meu coração
Ogum
"Deus adiante paz e guia
Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha mãe ..
Os doze apóstolos meus irmãos
Andarei nesse dia nessa noite
Com meu corpo cercado vigiado e protegido
Pelas as armas de são Jorge
São Jorge sentou praça na cavalaria
Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia"
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem
Tenham mãos e não me peguem e não me toquem
Tenham olhos e não me enxerguem
E nem em pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão
Facas e lanças se quebrem se o meu corpo tocar
Cordas e correntes se arrebentem se o meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Jorge é da Capadócia.
(Compositores: Claudemir Da Silva / Marquinho Pqd)

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Carta de Ogum de Lei aos seus filhos!


É filho..., o tempo passou e minhas palavras não chegaram no tempo que você esperava. Pois bem, quem foi que disse que o meu agir é no seu tempo? As vezes as coisas demoram a acontecer, mas quando acontece, sentimos que chegou no momento certo.

Sabe, ultimamente tenho observado o mundo em que vive e muitas coisas têm me entristecido, pois alguns de vocês do ayê (Terra ou Mundo Físico) já não acreditam mais na nossa essência pelo fato de terem sofrido nas mãos de pessoas, mas deveriam entender que quem os fez sofrer não foram nós (os Orixás), mas sim a alma poluída de um ser que não conhece a verdadeira essência do Orixá!

Filho, quando lhe escolhi já sabia que seus caminhos seriam repletos de obstáculos, mas tive a certeza de que todos eles seriam vencidos por você. És um ser audacioso, determinado de muita garra e fé e, é por isso que lhe peço para não deixar a Umbanda e/ou o Candomblé e acreditar no fervor do Asé ("energia", "poder", "força")! 

Como um grande rei, eu também errei julgando o silêncio e fazendo pessoas pagarem por um erro que somente eu enxerguei. Essa visão distorcida todos meus filhos herdaram de mim, pois apesar da honestidade, todos não admitem errar e esta herança junto da desconfiança e a mente calculista nos faz julgar sem o outro se defender.

Ah..., vamos parar um pouco, pois eu vim falar diretamente com você que só tem procurado respostas aonde não irá encontrar, porque a verdade que busca não é a que eu realmente quero lhe mostrar. Então abra seus olhos, liberte sua alma e purifique a sua mente para que minha essência possa te mostrar qual caminho deverá trilhar!

A vida não é fácil e nunca será, mas como um filho de Ogum de Lei, você nunca pode deixar a desejar! 

Todos os caminhos que tracei, todos os propósitos que te dei, todas as dores que lhes foram causadas foram e sempre serão importantes para a sua evolução. E em todos esses momentos eu estava com você!

Não dê ouvidos aqueles que querem ver a sua derrota e olhe a sua volta, pois ao seu lado eu construí uma tropa que irá batalhar contigo assim como eu. São pessoas como você, que entraram em sua vida para somar, e foi com eles que lhe presenteei.

Você me pediu sabedoria e eu dei a você alguém sensato que em meu nome lhe mostrasse o caminho;

Você me pediu lealdade e eu dei a você alguém fiel que estará do seu lado independente do que ocorrer;

Você me pediu experiência e eu dei a você alguém com experiência de vida para lhe ensinar o amor, caridade e a humildade;

Você me pediu visão e em meu nome lhe dei olhos que irão enxergar além do que imagina.

Filho, não deixe que a dor te separe de mim. Não deixe que a ansiedade em enxergar a mudança faça você desacreditar de tudo aquilo que lhe manteve de pé até hoje.

Eu, sou seu Orixá, pois também pertenço a sua coroa, estarei com você a todo o momento, até mesmo quando me abandonar. Pois é assim o amor de um verdadeiro pai! Ele jamais deixará de lutar por seu filho, até mesmo quando o mesmo não se importar!

Sou a sua luta,

Sou a sua dor,

Sou o seu suor,

Sou o seu choro,

Sou a sua felicidade, a prosperidade e a luz que sempre irá te guiar. E quando forças lhe faltar, serei eu a força que irá lhe levantar! ACREDITE!

Eu te fiz de Cavaleiro de Ogum de Lei, então faça de mim a sua vida! 

Seja na maior das dificuldades, mesmo que não mereça eu farei pedra virar água e se for preciso cairá de Orun (céu ou mundo espiritual) uma chuva de prosperidade, pois quem faz acontecer sou eu e com toda certeza eu JAMAIS ABANDONAREI UM FILHO MEU! 

Você será protegido e revestido com as minhas armas, pois seu anjo e usa espada é revestido de Mariwô (folha Sagrada de Ogum)!

(Adaptação: Pai Álvaro de Ogum de Lei)



segunda-feira, 23 de abril de 2018

Salve Jorge!


Hoje é dia dele, dia de São Jorge guerreiro! E para nós umbandistas e candomblecistas é o dia de Ogum!

São Jorge é um santo católico, que viveu entre 275 e 280 à 23 de abril de 303. Ele foi um soldado romano no exército do imperador Diocleciano, foi venerado como mártir cristão e imortalizado na lenda onde mata o dragão.

Ele é lembrado nos dias 23 de abril e 3 de novembro onde é muito lembrado na reconstrução da igreja católica que foi dedicado, em Lida - Israel.

Segundo histórias, Jorge teria nascido em Capadócia (hoje região da Turquia) e mudou-se, ainda criança, para Palestina com a sua mãe após o seu pai morrer em batalha.

Entrou para a carreira das armas quando atingiu a adolescência, em pouco tempo foi promovido á capitão do exército romano por causa de sua dedicação. Dize que quando a sua mãe faleceu, Jorge pegou a sua herança e doou aos mais pobres e necessitados causando uma grande surpresa na corte imperial.

Em 303, Diocleciano (influenciado por Galério) publicou um documento que mandava prender todo soldado romano cristão e que todos os outros deveriam oferecer sacrifícios aos deuses romanos. Jorge foi ao encontro do imperador para objetar, e perante todos declarou-se cristão. 

Não querendo perder um de seus melhores tribunos, o imperador tentou dissuadi-lo oferecendo-lhe terras, dinheiro e escravos. Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar aos deuses romanos. 

Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio, aos poucos, ganhado notoriedade e muitos romanos, tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia, na Ásia Menor.

A imagem de São Jorge, na umbanda, é sincretizado ao orixá Ogum, que também é um guerreiro dentro do panteão yorubá. Por isso que no dia de hoje é lembrado e comemorado Ogum nas religiões de matrizes africanas que cultua este orixá.



quarta-feira, 18 de abril de 2018

Lágrimas da umbanda


Um dia na espiritualidade superior, alguns espíritos se reuniram e sonharam com um local onde o amor, a fé, a caridade e a humildade fossem os pilares de um lindo trabalho espiritual.


Um trabalho voltado ao amor ao próximo e a caridade. E assim surgiu a nossa linda e sagrada Umbanda. Os nossos mentores e nossas guias espirituais conspiraram para que tudo desse certo. Reuniu algumas pessoas na terra com os mesmos ideais.



Trabalharam firme para que estas pessoas se encontrassem e assim colocando em prática o que antes era ainda um sonho. Uma pena que algumas das pessoas escolhidas desviaram-se do caminho tão lindamente preparado.E exercem uma "Umbanda" tão diferente da que fora sonhado. E mais errados são aqueles que "usam" o nome dos nossos tão queridos guias para dizer aquilo que pensam.
Sempre negando a verdadeira realidade. E continuam praticando rituais mentirosos e falsas ideologias.


Muitas vezes me pego pensando, no que me levou a ser Umbandista! E nos últimos tempos isto tem sido mais constante! Devo confessar que todos os dias, tenho muitas alternativas, até mesmo a alternativa de mudar. Mas invariavelmente chego sempre a mesma conclusão. Sou umbandista por que amo esta religião, e ela me permite praticar o bem, ajudar quem realmente precisa.


Ela me fez crescer e aprender a amar a vida. E me ensinou a enxergar o mundo de uma forma diferente, alargando meus horizontes, não me deu riquezas materiais, mas me deu paz, me deu compreensão. Trouxe acalento nas horas mais dolorosas, me fez conhecer muitas pessoas. Algumas que já passaram outras ainda estão presentes em minha vida. E olha que outras eu nem conheço pessoalmente.



Aprendi como princípios básicos desta religião o amor, a fé, a humildade e a caridade.


Foi a Umbanda com estes princípios que aprendi a amar. Aí de repente eu vejo pessoas que contrariam todas essas práticas quase centenárias da Umbanda. E é tão triste contrariar as leis de Olorum. Por isso chora minha mãe Oxum. E assim rezo:


- Oxum lava meus olhos, Oxum lava a minha alma, Oxum mãe das águas, lava o meu coração, Oxum flor das águas, lava o meu coração, que a enxurrada de suas águas tome conta de mim, e leve minhas mágoas! Que assim seja!

Este texto foi escolhido para pedir humildemente a cada um que se propõe a vestir o branco e ser chamado(a) de médium que valorize esta tarefa. Ela é muito importante em sua vida e na das pessoas que procuram você e as Entidades que o acompanham. 

Que Oxum não precise chorar mais... Que nenhum Orixá seja preterido e que acima de tudo possamos honrar a nossa religião: a Umbanda.


Sua presença foi e será sempre importante. Afinal podemos ser substituível aqui, mas podemos tornar nossa tarefa inesquecível


(Terreiro de Umbanda Iansã e mamãe Oxum - texto escrito por seu dirigente)